Foi uma bela iniciativa do grupo nóis de teatro,que fez um encontrão com todos os grupos das periferias e dos assentamentos,e com nossa participação.Um encontro com muita arte e cultura.Com isso,reconhecemos, assim, que fazer Teatro já é um forte símbolo
de resistência, mas a periferia e o campo, a margem, vivendo uma situação
política e social muito distinta dos grupos que estão no centro, e fora das
áreas de risco de Fortaleza, têm suas próprias demandas. A realidade de
desemprego, problemas de moradia, de saneamento básico, risco de alagamento,
dengue, criminalização social e violência, entre outras a policial, somando-se
a isso o projeto da copa com a política de higienização social através das
remoções das casas, onde esses agentes do fazer artísticos nasceram e
construíram história, identidade, agora se vê obrigados deixar tudo para trás,
contra a própria vontade, para se cumprir o decreto estatal, põe em risco a
história, a vida dos artistas e moradores, daí o esfacelamento dos grupos,
consequentemente de suas artes.
As
periferias estão abandonadas, quase não existem equipamentos culturais, e
quando existem estão sem recurso ou cercados por grades, , ou abandonados, como os CSU’s (Centros Sociais Urbano):
Estruturas gigantescas que em muitos bairros da cidade estão fechadas, sem
nenhum tipo de uso social. Em paralelo, os grupos do
campo enfrentam sérios desafios de continuidade, com a saída de muitos jovens,
na maioria das vezes em busca de trabalho e outros atrativos nas grandes
capitais. A juventude rural da arte engajada clama por uma política de cultura
para os assentamentos e comunidades, pautada de mecanismos que apontem alternativas
palpáveis como atrativos para a permanência do jovem no campo. ( texto grupo nóis de teatro)Por isso nós estamos juntos e misturado nesta luta e nos últimos dias 26 e 27 de abril nós estivemos lá.
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